sexta-feira, agosto 26, 2005

LA VIVO / VIDA BOA

La Vivo
 
Mi diris iam, firme, senhezite,
Ke mia viv´ en mondo , vere bonas...
Kaj ek de tiam, mia voĉ´ resonas,
Ĝi eĥe ripetadas, kvazaŭ rite.
 
Sed mia Amatino, birdimite,
Ekflugis al Ĉielo, nun fantomas...
Kaj la destin´ kruela min fordonas
Karceren de doloro, koragite...
 
Sed ĉar mi faros same finvojaĝon,
Mi volas fronti nokton kun kuraĝo,
Kaj mi revidos ŝin en viv´ alia...
 
Samkiel  paro da birdetoj,
Ni rekonstruos, certe, nian neston,
En malavara sin´de Astro Dia!...
 
Vida Boa
 
Eu disse, um dia, com total firmeza,
Que "a vida, para mim, tem sido boa..."
E até então, a minha voz ecoa,
Não havendo motivos de tristeza.
 
Eis que num instantea minha Amada voa,
Que o destino cruel  e, com dureza,
A ninguém poupa e deixa a alma presa,
No cárcere da dor, gemendo à-toa!...
 
Mas como irei, também, nessa viagem,
Quero enfrentar a noite com coragem,
E, no Mundo Maior, quero revê-la!...
 
Como um casal de alegres passarinhos,
Construiremos, então, o nosso ninho,
No seio generoso de uma estrela!...
 
Dokito - Muritiba, 26/08/2005