quinta-feira, dezembro 22, 2005

Omaghe al Renato Corsetti / Em Homenagem ao Renato Corsetti

Omaĝe al Renato Corsetti...
 
Jen Renato Corsetti, l' UEA Prezidanto,
Demokratia homo, tre bona kaj sincera...
Li ŝatas la Dokitan Poemaron. Kaj klera,
Inspiras li al mi por ĉi-tiu poem' kanto.
 
Mi povus esti nun kun plena, ensorĉa vanto,
Konstatante ke tiu ĉi fakto estas vera
Ke Renato Corsetti – l' UEA Prezidanto,
Demokratia homo, tre bona kaj sincera...
 
Legadas la poemojn ne nur en Esperanto,
Sed ankaŭ Portugale laŭ dokit' maniera...
Traduk' aŭ netraduko – versio pli prefera,
Al vi dediĉas nun, al vi –Poeziamanto -
Jen Renato Corsetti –l' UEA Prezidanto!...
 
Dokito/Muritiba/19/12/2005
 
 
Em Homenagem a Renato Corsetti:
 

Oh! Renato Corsetti – da UEA  - Presidente,
Dos Poemas de Dokito – diz-se um leitor sincero...
Um homem democrata, amigo que considero,
Na hora da leitura, ele se faz presente.
 
Poderia eu ficar bem vaidoso de repente,
Sabendo que os poemas que eu cultivo e venero
Que Renato Corsetti – da UEA – Presidente,
Dos poemas de Dokito diz-se um leitor sincero...
 
Não somente em Esperanto, ele é um leitor freqüente...
Mas também em Português, como Dokito eu espero,
Seja ou não tradução,uma versão também quero...
Por isto eu lhe dedico os versos que tenho em mente,
Ao Renato Corsetti, da UEA - Presidente!
 
Dokito/Muritiba/21/12/2005.
 
 

segunda-feira, dezembro 19, 2005

La kanto de l' Numido/Canto do "Tô fraco"

 
La Kanto de l' Numido
 
Iutage, post varma la tagmezo,
Kiam la suno iras sen rapido,
De la ĉielo sur la vastegeco,
Melankolie kantas la numido!...
 
El ĝia kanto venas la impreso,
Ke mi, ankoraŭ kiel sertonido,
Vivas la tagojn de la infaneco,
Tempoj de paco, am' feliĉ' kaj rido...
 
Dum kelkaj ĉi-momentoj mi revadas,
Memoras la pasinton kaj saŭdadas,
Pro kanto de numido nostalgia...
 
Varmeco kaj silento de l´kamparo,
Proksime de l' montaro, for de l´maro
En plena koro de l' Serton' Bahia!...
 
O Canto do "Tou Fraco"...
 
Diariamente, quando o sol é forte,
Após o meio-dia, no verão,
Desde o nordeste até o extremo norte
Ouvimos do “Tou Fraco” uma canção...
 
Vem do seu canto a vívida impressão,
De que na quadra estou, de muita sorte,
Em plena infância, lá no meu Sertão,
Na juventude, e sem pensar na morte.....
 
Durante alguns momentos vou cismando,
Enquanto a brisa sopra, um vento brando,
Traz-me o canto “Tou Fraco” em nostalgia!..
 
O calor e o silêncio dos seus ares,
Perto das serras, sim, longe dos mares,
No coração ardente da Bahia!...
 
Dokito/Muritiba/18/12/2005

Animpuro / Puros de Coração

 
Animpuro
 
"Kompreno  kaj  Pardon' ", jen la devizo
De tiu kamparan' el mia kono...
Loĝinta en perdita regiono,
Lontane de la urba civilizo...
 
Li vivis ja nutrata de la brizo,
En  kruda ebenaĵo de l' Sertono,
Kantado de l' birdar' estis la sono,
En tiu malproksima Paradizo...
 
Dumtage, li laboris ĉe l' kamparo,
Dumnokte, li ludadis per gitaro,
Kantante la  belaĵojn de l' Naturo.
 
Se oni lin ofendus, li facile
Pardonus kaj ridetus, ja, trankvile,
Mirinda estis lia animopuro!...
 
 
 
Puros de Coração!...
 
Tolerãncia e Perdão - eis a divisa
Daquele camponês do meu Sertão...
Trazia  na bagagem uma camisa
Mas muito amor e   paz  no coração...
 
Morando numa inóspita Região,
Vivendo, ao que parece,  só de brisa,
O camponês nos traz  uma lição,
Que nos educa, eleva e civiliza!...
 
Se a enxada, no dia era uma farra,
Toda a noite tocava na guitarra,,,
E cantava as belezas da Natura
 
Se alguém o ofendesse ele sorria...
Era o Perdão, decerto, que viria,
Mostrando a sua alma bela e pura!...
 
Dokito/Muritiba/14/12/2005

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Kristnaska Kanto / Canto Natalino

 
Kristnaska Kanto
 
Verkis originale dokito
 
Kristnasko alproksimiĝas...
Ĝojegas la infanetoj,
Ili revas pri ludiletoj
De Paĉjo Noel donotaj.
La Suno brilas al ili,
Kaj ĉiuj volas jubili,
Per ludiloj plej ekzotaj!
 
En tiu maten´ de lumo,
Kun esper´ ĉiu parolas,
Dirante kion li volas
De Paĉjo Noel ricevi...
Unu volas belan ĉaron
Alia, la strangan varon,
Kiu igas lin tiom revi...
 
Unu bela knabineto,
Kun la vangoj rozkoloraj,
Bluokuloj, kaj la oraj
Fadenoj el ŝiaj haroj...
Diras tuj:”Mi volas nur,
El Pacj´Noel kun plezur´
Donacon al mi plej raran!..."
 
”Kio estus la donaco,
kiun la bluokulino,
Deziras kun korinklino,
Ricevi de Pacj' Noel?”
Ŝi respondas: "Nur ke li
Sukcesu antaŭ la Di',
Returnu mia Patrin',
Foririnta al la Ĉiel'!..."
 
Dokito, Muritiba 6/Dez/2005
 
 
Canto Natalino
 
O Natal já se aproxima
Alegria da criançada,
De brinquedo enamorada,
De Papai Noel também...
O sol brilha para todos,
Só alegria, sem apodos,
Sem discórdia, nem desdém...
 
Naquela manhã de luzes,
Todos sonham com esperança,
E evocam a onda mansa,
Que o Papai Noel lhes dá.
Uns querem um belo carrinho,
bem capaz de andar sozinho,
Pr´a correr pr´a lá, pr´a cá!...
 
A princesinha adorada,
Com as faces afogueadas
Ólhos azuis, cor do Céu,
E a cabeleira dourada,
Como se fosse de mel...
Disse então: “Quero somente,
Um belo e único presente,
Do grande Papai Noel!...”
 
”Qual será esse presente,
Que a princesinha deseja?”
Antes de ir para a Igreja,
Perguntaram ansiosos...
Ela, então:”Só queria,
Que em resposta a minha prece,
Papai Noel me trouxesse,
De volta a doce mãesinha,
Que Deus levou para o Céu,
E nunca mais... devolveu!...”
 
Muritiba, Dokito. /08/12/2005
 
 
 
 

domingo, dezembro 04, 2005

Kiam Alvenos la Maljuno / Quando a velhice chegar.

Kiam Alvenos la Maljuno...
(Mi estas aĝa, sed ne maljuna!)
 
Kiam alvenos Maljuno,
Tremaj  manoj,  kaj rigardo
Jam senbrila kaj sen ardo,
(Tio Estos Granda Puno!)
 
Mi volas vivon trankvilan,
En loĝejo tre modesta,
Internlanda, kaj humila,
Sed kun la birdaro festa...
 
Mi volas havi hamakon,
Sur la muro,  pendumita;
mi  plenigos la stomakon
Per la fruktoj rikoltitaj...
 
Kaj kiam venos la Morto
Demandante: "ĉu vi iros?"
Mi respondos: "ne deziras"
Mi aŭskultis vian vorton.
 
Tie  ĉi mi volas resti,
Sub lazur´- ĉiela brilo...
Ĉar nenie povas esti,
Ĉiel´ kiel de Brazilo!...”
 
Quando a Velhice Chegar...
 
Quando a velhice chegar,
Mãos trêmulas, olhar sem brilho,
Rodeado de netinhos,
Que são filhos do meu Filho,
 
Quero ter vida tranquila,
Numa  modesta morada,
No interior de uma vila,
Ao canto da passarada...
 
Quero ainda ter uma rede,
Numa casa de quintal,
Pendurada  na parede,
À sombra do laranjal.
 
E quando a morte vier,
Perguntando se quero ir,
Vou depressa responder:
“Prefiro ficar aqui!
 
Ficar aqui neste Céu,
Neste Céu da cor de anil,
Não pode haver outro céu
Mais lindo que o do Brasil!...”
 
      
Muritiba/dokito;14/11/2005